terça-feira, 18 de junho de 2013

Mar ausente


A tarde esfuma-se
 lentamente tocada por
  dedos ávidos da noite...
Rabisco,apago,
volto a escrever em 
 ritmo alucinado...
Letras confusas dançam
descompassadas..
O papel reage aos rasgos
 da indecisão,cria vida
  e roga às palavras que
 sejam breves...
O pensamento cala, 
a razão blasfema,o corpo
 vibra em defesa, acuado...
Sentidos palpitam,
mãos caem em flacidez
deitando-se no colo do
aconchego...
Olhos falam em sua nudez
 crescente versos em breves sons,
deixando um rastro de sonhos...
O grito preso em algemas
de silêncio...corta o ar 
em pedaços de agonia,
morrendo lentamente afogado
em águas salinadas
De mar ausente..

Marcia Portella

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