sexta-feira, 8 de maio de 2015

Aconchego


A árvore com seus galhos
que o vento  faz gemer,vem
cheia de braços,vozes e tremores
de luz arranhando a janela com
suas folhas que batem no vidro...
Na penumbra,a lareira crepita em
longas chamas tentando com seu
bailado seguir a música que toca...
No decorrer da noite,brasas rubras
voam em cinzas de sonhos com nossas
almas amando no desespero final...
O brilho que resta ilumina seus olhos
cerrados,serenos como um anjo cansado.
Me despeço, levando sua alma que...
Na minha se perdeu.


                                           Marcia Portella





                        

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